Você me fisgou, me prendeu em algo, a que eu costumo chamar de amor. Prendeu-me a você com correntes invisíveis, me mostrou outro lado da vida desconhecido por muitos, me mostrou a felicidade. Agora olho para os lados, e a solidão é tudo o que vejo. Pergunto-me se em algum dia serei capaz de escapar, de deixar pra trás lembranças e sentimentos que me perseguem.
Aos poucos percebo
que sou apaixonado por um fantasma, que talvez a pessoa a quem dediquei todo o
meu mundo, toda a minha vida, pode não ser quem eu esperava, então me pergunto:
“ Eu fui enganado ou criei expectativas demais?”.
Rastejo-me aos teus
pés, espero por uma resposta, um sinal de que tudo aquilo foi verdade e que
ainda te terei em meus braços. Não digo estar no fundo do poço, pois a profundidade
em que me encontro é muito maior.
Devo parar e
aceitar os fatos, mas como? Quem sonha muito alto, um dia acaba caindo das
nuvens, e se eu cair isso me machucaria muito. Mas e se eu continuar sonhando
cada vez mais alto a queda depois disso seria maior, mas ainda assim não sei o
que fazer, ainda não consigo enxergar o que me machuca mais, se é a sua
ausência ou a presença de alguém que na verdade nunca existiu, de um fantasma,
um tormento a que costumo chamar de amor.
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